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O que seu cliente precisa entender sobre contabilidade de custos

Data de publicação: 05/01/2018

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Contamec 18-01-11 contabilidade de custos

Você sabe dizer o que seu cliente entende por contabilidade de custos? Mais do que isso: será que ele compreende a importância de conhecimento e registro de todas as suas despesas? Neste artigo, vamos falar do conceito e abordar aquilo que cabe ao contador explicar nessa relação.

O que é contabilidade de custos?

Quando nos referimos à tomada de decisão em uma empresa, o conceito de contabilidade de custos precisa estar bem claro. É algo essencial para o sucesso de um negócio, auxiliando em diversos aspectos.

Seu cliente deve ter ciência que os dados dos custos são utilizados para vários fins. Mas para definir de forma clara, seu principal objetivo é a apuração dos custos da empresa relacionados à produção, e através disso, chegar à formação do preço de venda.

Como sabemos, após quatro anos, metade das empresas são fechadas no Brasil, conforme pesquisa do IBGE. Entre as principais causas, está a má gestão do negócio, muitas vezes totalmente ligada à formação de preço.

Para ajudar na identificação do que deve ser dito para ajudar o cliente, vamos explicar como é feita a apuração dos custos. Ele deve saber definir se a empresa está obtendo lucro ou prejuízo de forma bem simples. Mas, antes, precisamos entender alguns conceitos.

Objetivo da contabilidade de custos

É fundamental entender o conceito da contabilidade de custo. Podemos dizer que esse é o ramo da contabilidade que visa disponibilizar informações para os diversos níveis gerenciais de uma empresa.

A contabilidade de custos utiliza de diversas ferramentas para planejamento e controle de operações. A partir desses dados, são tomadas decisões fundamentais para uma empresa, especialmente na definição do seu preço de venda.

As informações apuradas, no geral, demonstram quanto de recursos a empresa precisa gastar para produzir determinado produto, e como se pode ratear esses custos.

É importante ressaltar também que os dados que são coletados podem ser físicos ou monetários, materializados em unidades produzidas, hora de trabalho, água, energia elétrica, entre diversas opções.

>>> Saiba mais: Mercado financeiro não está ‘calado’ sobre a Previdência

Diferença entre custo, valor e preço

Esse é um dos conceitos que mais precisa estar claro no estudo da contabilidade. Vejamos:

  • Custo: a quantidade de unidades monetárias que utilizamos para produzir determinado produto ou serviço
  • Valor: a quantidade de unidades monetárias que o determinado público está disposto a pagar pelo produto ou serviço
  • Preço: sempre estará entre o custo e o valor, nunca abaixo do custo e, preferencialmente, não acima do valor. É efetivamente quanto o consumidor paga pelo que a empresa oferece.

Tipos de Custos

Antes de efetuar processo de cálculo do custeio, precisamos conhecer as principais formas de custos, que são:

Custo direto

É todo custo que está ligado diretamente à produção do bem ou serviço. Ou seja, toda amatéria-prima necessária para produzir uma cadeira, por exemplo: madeira, pregos, cola, tecido, entre outros itens.

Custo indireto

É todo custo que está indiretamente ligado à produção do bem ou serviço. Citando ainda o exemplo da cadeira, podemos considerar o salário que é pago para o gerente de produção, a energia elétrica do ambiente, entre outros itens.

Como é feita a contabilidade de custos

Uma vez tendo entendido os principais conceitos que foram citados, seu cliente já pode compreender como é feito o processo de custeio. São seis passos, como veremos agora.

1º Passo – Identificação dos custos

Primeiramente, é necessário identificar todos os custos que existem na empresa. Nesse momento, é importante considerar até os menores valores, como pregos, cola, e até mesmo o material de expediente.

2º Passo – Segregação dos custos

Chegou o momento de separar os custos. É necessário começar a classificar cada valor, analisando se possuem relação direta ou indireta com sua produção. Se produz mais de um item, também é necessário separar os custos de cada um, ou ao menos por setor da empresa, que são os centros de custo.

3º Passo – A empresa está com prejuízo?

Compare o preço de venda com o preço de cada produto e analise se o custo direto é maior. Se for maior, esse produto não está contribuindo para pagar os custos indiretos e é necessário analisar com mais detalhes esse ponto.

Mas se o preço de venda for maior que o custo direto, pode seguir para o próximo passo.

4º Passo – Ratear

Chegou a hora de fazer o rateio correto de cada custo. E, para isso, o preço do produto pode ser rateado de várias formas.

Por exemplo, é possível ratear a energia elétrica por quantidade de metros quadrados de cada setor. Também pode ser feito o rateio dos custos dividindo o valor para cada unidade produzida, ou para uma quantidade que está prefixada todos os meses.

Enfim, há possibilidades diversas, mas é fundamental definir a forma que o rateio será aplicado para criar um padrão na empresa.

5º Passo – O famoso ponto de equilíbrio

Vamos supor que você fez o rateio dos seus custos por unidades de um determinado produto. Sendo assim, agora sabe quanto precisa produzir para chegar no ponto de equilíbrio.

O ponto de equilíbrio é o ponto onde você não tem nenhum prejuízo, porém, não tem nenhum lucro. É o ponto onde a despesa e a receita se encontram.

6º Passo – Planejamento

Para cada empresa, existirá uma forma de aplicar a contabilidade de custos. Por isso, agora é hora de planejar e identificar a melhor maneira de aplicar esses conceitos.

Veja a realidade do seu cliente. Se ele possuir diversos produtos, pode ficar inviável calcular o custo detalhadamente. Por isso, é importante definir um padrão para esse cálculo mensal, como ratear por centros de custo, por exemplo.

>>> Leia também: 16 verdades e uma mentira sobre a economia brasileira em 2017

Importância da contabilidade de custos

Quanto mais especificado forem os custos da empresa, e quanto mais dados possuir em relação a custos, maior controle sobre isso você terá. É importante utilizar um bom sistema de gestão para ter uma margem de erro reduzida. Assim, possibilitar ter as informações necessárias em uma tomada de decisões, como:

  • Elevação ou redução de preços
  • Corte de custos
  • Investimento em novos maquinários
  • Corte do produto da sua linha de produção.

É fundamental que seu cliente também saiba ao menos o básico desses conceitos. Isso vale especialmente para não ter prejuízos com a venda de produtos abaixo do custo. Afinal, não leva em consideração todos os custos diretos e indiretos.

Ajude o cliente a conhecer seus custos

Sabendo a importância da contabilidade de custos, seu cliente entenderá a necessidade de enviar todas as comprar para registro, especialmente as ligadas à sua produção ou prestação de serviço.

Caso ele tenha dificuldade em expressar como ocorre sua produção, acompanhe por um dia o processo. Veja o que está faltando ou que está em excesso, mesmo que sejam gastos mínimos.

Com sua expertise, você pode ajudar seu cliente a reduzi-los, pois pequenos gastos hoje podem se tornar grandes no longo prazo.

Por fim, conheça e ajude seu cliente a conhecer seus custos. É o que permite a ele tomaras melhores decisões para a empresa e saber alocar todos seus recursos de modo a diminuir seus custos e alavancar sua receita.

Fonte: Vinicius Roveda – Rede Jornal Contábil
Este conteúdo não é de responsabilidade da Contamec.

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